sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Lembrança da Mãe Velha.

                Cada um na sua época, quando menos se espera tudo muda ao ouvir uma canção,uma valsa...  Ouvindo uma das canções de Gigliola Cinquent, lembrando dos anos sessenta trouxe a memória a lembrança de mãe velha, era assim que se chamava nos engenhos aquelas que  ajudavam a  cuidar da casa vestia ás meninas, com vestidos cheio de laços de fitas, babados, melindrosos, o cabelo com lindas transas.
                Bons tempos, a brincadeira de roda, de balanços, o pé de jasmim, banhos de açudes, o cuidado para não se acidentar na cerca de arame farpados, o leite de cabra e da vaca de manhã cedinho, parecia festa o ano inteiro, ou melhor nem se pensava nisto, o ano saia e entravam outro nem notava-se,  falava-se nas festa de fim de ano, mas ter ideia dos acontecimentos pelo o mundo... Nunca o importante era a fartura, mesa cheia de manhã até a noite, não se conhecia dificuldades o trabalho na enxada era dos homens a colheitas das mulheres.
                E casamentos! Quando tinha era festa grande, leitões assados, carne bovina de toneladas,o arroz de festa...E as simpatias! Os nomes de cada moça daquele lugar eram colocado no vestido da noiva para ela tirar de um por um, o primeiro que fosse tirado era o próximo casamento, era muitas alegrias... Anos que não voltam nunca, eram felizes e a felicidade era por um todo.
                A vida do interior é sempre cheia de muitas histórias e estórias, estória do Jeca Tatu, Emília a boneca de pano, Visconde o sabugo de milho(sabugosa) estas estória eram contadas pela professorinha da escolinha local, Monteiro Lobato sempre foi ídolo e o bom era voltar para casa correndo de um lugar para outro, subir nós pés de mangas, tomar água nas canecas de alumínio, fazer bonequinhas de panos, os brinquedos eram inventados pela criançadas, cresciam aprendendo, criando.
                 Quando passaram a época das brincadeira, vieram os desafios, muitos foram para as cidades próximas, outros viajaram para o sul, uma vez ou outra sabíamos noticia, sempre vinha alguém com cartas contando ás vitórias e dificuldades, mesmo assim todos se formava uns em direito, matemática, medicina, as meninas casavam cedo e muitas faziam o normal para serem professoras.
                 No entanto, sempre existia o desejo de se buscar, lutar, tudo isto no sentido de ter uma vida melhor e convívio harmonioso, os valores ás formas de ser agir, á cultura de um povo sempre foi a preocupação do homem desde o começo de sua existência, a educação das crianças, os meio comunicação, usos e costumes foram passado por transformação no decorrer de vários períodos históricos, mas a educação doméstica e religiosa sempre foi e será o carro chefe da formação de um indivíduo.
         

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