domingo, 15 de junho de 2014

Impressionista Nas Madrugadas.

           Embora tenha dito, com humor, que fiz dentro de mim um jardim para recolher algumas flores para escrever meu céu de estrelas, o mau tempo não me intimida. Sou um mar revolto aprecio diferentes efeitos em minha luz. O poeta é como um cientista relaxa e descobri cada brilho na luz é escravo das idas e vindas dos reflexos que a luz transmite. Quando pouso meus dedos sobre o lápis o efeito se vai, colocando cada palavra, nem pensar em  parar pronta para acabar tão logo, para que os versos não fuja.
Sou como o pintor Monet amava pintar ao ar livre, eu adoro escrever nas madrugadas faço isto como profissão de fé, me centralizo neste imenso mundo autista.
O objetivo de Monet era captar as impressão passageiras e luminosas da atmosfera, mesmo assim me sinto nas madrugadas, me trás  um brilho intenso, os efeitos mais fugazes escrevo vários textos ao mesmo tempo. Sinto-me graciosas, feminina, sutis... pensamentos delicados expressivos é só olhar para o alto e observar as nuvens. A espontaneidade prosseguindo sempre neste caminho, esse clima momentâneo me enriquece me estabelece portanto um paralelismo entre a realidade do interior para o exterior.
        Ás madrugadas me transforma numa percursora da poesia contemporânea. Parece até que sou do tempo do impressionismo as árvores me inspira e a floresta me deixa mais solista.
                                    

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