sexta-feira, 9 de agosto de 2013

OS NINHOS DA ALMA

Ainda vejo meu sertão florescer
Ainda deito-me no seio das água
Ainda vejo  o vazio abastecido
Ainda vejo verde no coração do homem
Ainda vejo alegria sem choros
Ainda vejo o vaqueiro levando a
Boiada gorda, com satisfação para
O curral... Com sentimento de prazer.
Quando criança não conheci televisão
Não conhecia outro mundo a não ser
O cabo da enxada.
Era assim a vida ali, terra rachado
Coração apertado de dor.
Apesar da aridez, continuava o verde
Das palma que comi, aprendi a ver beleza
E a beleza nos ensina a ser poeta
Da própria vida, aprendi a amar...
Foi preciso escrever com a lâmina da enxada
Para dar valor, ver que a lata de água na
Cabeça era apenas um detalhe, aprendi a sorri
Quando devia chorar.
Aprendi que amar é vontade nascida
Do ego, a sensação de está e está
Porque é preciso.
Nos laranjais secos vi a intensidade de amar
De cada sertanejo, os ensino a lealdade não
Depende do ter. Basta amar com a pureza
Da alma transformar o mundo na beleza da
Vida e mostrar que nada é preciso para viver
Quando se tem o horizonte, que os ninhos pode
Vir com a esperteza da alma.




2 comentários:

  1. Simplesmente lindo amiga Adriana,

    Emocionante demais.....

    "Das palma que comi, aprendi a ver beleza
    E a beleza nós ensina a ser poeta
    Da própria vida, aprendi a amar"........... Você é uma pessoa iluminada amiga <3 Parabéns!!!!

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